Covid-19 causa mortes de jornalistas em todo o mundo

Jornalista sempre foi uma profissão considerada de alto de risco e não apenas para aqueles que cobrem regiões e áreas de conflitos. A pandemia Covid-19 já faz mais de uma centena de vítimas entre os profissionais de imprensa em pelo menos 33 países, conforme levantamento divulgado nesta semana pela Organização Mundial da Saúde – OMS. A entidade considera o trabalho dos jornalistas e dos profissionais de imprensa de modo geral como “fundamental na luta e combate à pandemia, porque a informação é a arma mais eficiente”.

A Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ informa neste dia 22 de junho que acompanha quatro casos de jornalistas e de dois radialistas no Brasil e que, sim, é preocupante o quadro porque trata-se de um serviço essencial, o qual necessita de todo o suporte de equipamentos de proteção individual e infraestrutura adequada dos veículos de comunicação para com seus profissionais de imprensa, em especial no oferecimento das condições materiais e humanas adequados para o desempenho do trabalho.

De acordo com a revista Imprensa, entre 1º de março e 5 de maio, um levantamento feito pela Press Emblem Campaign (PEC), organização focada em liberdade de imprensa e segurança para jornalistas, com sede em Genebra, rastreou 64 mortes de jornalistas relacionadas à Covid-19. Esse levantamento foi feito com base em pesquisas online e relatórios de sindicatos de jornalistas e empresas de mídia em 24 países.

O país com mais casos de mortes de jornalistas, nesse período, foi o Equador que contabilizou nove mortes até o dia 3 de maio. Já a Fundamedios, uma ONG de liberdade de imprensa na América Latina, alerta que foram 12 mortes de profissionais de imprensa apenas na cidade de Guayaquil.

“Certamente o número real é maior. Primeiro, porque alguns jornalistas morreram sem ser testados; segundo, outros morreram por causas relacionadas ao coronavírus, como ataques cardíacos, mas cujo vínculo não pôde ser certificado; terceiro, apenas as mortes de jornalistas conhecidos foram anunciadas; e quarto, em alguns países as mortes são simplesmente ocultas”, disse Blaise Lempen, secretário-geral da PEC.

Muitos profissionais que necessitam ter contato direto com doentes, como é o caso de médicos e outros profissionais de saúde, como enfermeiros, também estão entre os números significativos de vítimas dessa pandemia e em razão do exercício profissional.

A todos esses profissionais e, aqui destacados os jornalistas e profissionais da imprensa, nosso total e irrestrito apoio ao seu trabalho, o pedido de suporte de autoridades e empresas de comunicação, bem como toda a solidariedade às famílias dos profissionais que morreram no cumprimento do seu trabalho de informar!

0.00 avg. rating (0% score) - 0 votes
Share

    Deixe um comentário

    O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *