Entidades pedem fim da impunidade e políticas de proteção aos jornalistas

No lançamento do “Relatório 2014 da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil”, dirigentes da FENAJ e da FIJ cobraram dos governos e empresários de comunicação ações para conter as agressões contra a categoria. Identificando a impunidade como motivadora do crescimento da violência contra profissionais de imprensa no Brasil e no mundo, reivindicaram políticas públicas de proteção, equipamentos e um protocolo de segurança e condições de trabalho aos jornalistas.

Para a secretária-geral da FIJ, Beth Costa, o que mais motiva a violência no Brasil e no mundo é a impunidade. Ela registrou que a entidade lançou, no final do ano passado, um relatório que contabilizou 135 mortes de jornalistas no exercício da profissão em todo o mundo e destacou que 98% dos casos não são investigados. Beth Costa informou que a FIJ desenvolve uma campanha junto à Unesco e às Nações Unidas para que os países aprimorem suas legislações de proteção aos jornalistas e punam os envolvidos na morte de profissionais de imprensa.

Celso Schröder, presidente da FENAJ, reforçou a necessidade de combate à impunidade. Frisou que a violência contra jornalistas revela a incapacidade de setores da sociedade em conviverem com a divulgação dos fatos e que a atividade jornalística é fundamental para a democracia. “Tais crimes são uma tentativa de atemorizar, de insensibilizar a sociedade como um todo”, disse.

Ele defendeu a necessidade de medidas urgentes para conter as agressões contra a categoria no país. “É necessário que os governos produzam políticas públicas de proteção aos jornalistas, que as empresas assumam suas responsabilidades, forneçam EPIs [ Equipamentos de Proteção Individual] nas coberturas de risco e assinem um protocolo de segurança, e que a sociedade apoie os jornalistas nesta luta para exigir o fim da violência e da impunidade”, sustentou.

A atividade foi acompanhada, por diretores dos Sindicatos dos Jornalistas do Município e do Estado do Rio de Janeiro, de São Paulo, Espírito Santo, Amazonas, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Ceará. Participaram, também, representantes de duas universidades (UERJ e Unicarioca), o representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Marcelo Sales, e Patrícia Palma, viúva do jornalista Pedro Palma, que foi assassinado em Miguel Pereira, Estado do Rio, em fevereiro de 2014. Ela protestou que, após 1 ano, os responsáveis pela morte de seu marido não foram identificados, e apoiou a movimentação da FENAJ contra a violência e a impunidade.

 

Fonte: http://fenaj.org.br/

Fonto: Tomaz Silva, Agencia-Brasil.

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