Artigos de Opinião


Pelo fim da impunidade

Apenas uma em cada dez mortes de profissionais da comunicação em todo mundo é investigada, fazendo com que a impunidade seja o verdadeiro combustível da violência contra jornalistas. Por isso, neste 2 de novembro, Dia Mundial contra a Impunidade para os Crimes Contra Jornalistas, as entidades representativas da categoria, no Brasil e no mundo, reivindicam apuração dos casos de violência contra os profissionais da comunicação e punição para os culpados. As agressões contra jornalistas são, na verdade, atentados às liberdades de expressão e de imprensa. A segurança dos jornalistas é fundamental para a......

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Visibilidade na mídia estimula terroristas

Estudo desenvolvido por um pesquisador do “Institute for the Study of Labour” (IZA), uma organização sediada em Bonn, na Alemanha, que reúne mais de 1.500 economistas de 50 países, apontou evidências de que a demasiada cobertura dada pela mídia a atos terroristas não inibe esse tipo de violência, ao contrário, provoca novas ações semelhantes. O autor da pesquisa é Michael Jetter, professor da Faculdade de Economia e Finanças da Universidade EAFIT, em Medellín, na Colômbia, que analisou mais de 60 mil ataques terroristas entre 1970 e 2012, tendo como base as notícias publicadas......

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Quando as recomendações deontológicas parecem apenas palavras no papel, e as informações jornalísticas não passam de mercadoria, as práticas que envolvem a profissão tornam-se perecíveis. O imediatismo desenfreado, característico dos meios digitais, está atropelando técnicas, critérios e regras essenciais na construção das informações. Essas características estão se espalhando para as diferentes plataformas jornalísticas. Em meio a um verdadeiro vale-tudo, a credibilidade jornalística está sendo sepultada junto com os fundamentos basilares construídos ao longo do tempo. Ao abrirmos mão das regras e procedimentos próprios do jornalismo, perdemos de vista a função social da atividade......

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O estado da arte na véspera do apocalipse

…E se porventura contássemos com os brilhantes analistas políticos e enérgicos editorialistas dos anos 50, 60 e 70, nossa imprensa teria condições de contornar ou minorar o stress e os impasses deste ominoso mês? Se o Doutor Ulisses e Tancredo Neves ainda estivessem na ativa este vazio agônico já estaria superado? O que incomoda mais – a sensação de abandono, solidão, orfandade ou a penosa constatação de que o pior ainda está por vir? A grande verdade é que a nação brasileira acorda todas as manhãs sem dispor de qualquer indício sobre o......

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Dezesseis assassinatos em quatro anos

O radialista cearense Gleydson Carvalho tornou-se o décimo sexto jornalista a ser assassinado no Brasil desde 2011, transformando o Ceará no estado mais perigoso para o exercício da profissão depois do Rio de Janeiro. Gleydson foi morto no estúdio da rádio onde trabalhava, no dia 6 de agosto, na cidade litorânea de Camocin, a 379 quilômetros à oeste de Fortaleza. Os dois assassinos invadiram a emissora, imobilizaram os funcionários e dispararam quase 10 tiros contra o jornalista, conhecido no Ceará por suas denúncias de corrupção envolvendo políticos do interior do estado. Até o......

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A conta dos 'passaralhos'

1.103 jornalistas foram demitidos no Brasil entre 2012 e agosto de 2015 segundo dados do monitoramento da mão de obra ocupada na imprensa nacional, realizado pelo projeto Volt Data Lab junto a 53 empresas de comunicação em todo o país. É uma média de quase 35 profissionais sem emprego a cada mês. É também a maior onda de demissões registrada na história recente do jornalismo brasileiro, consequência direta da crise do modelo de negócios na imprensa nacional e também na do resto do mundo. O drástico enxugamento nas redações brasileiras pode ser observado......

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Cuidado com o efeito manada

A nova prisão de José Dirceu — ex-deputado, ex-ministro e cérebro da ascensão do PT ao poder — tornou ainda mais tenso o clima político. O juiz Sérgio Moro, porém, teve o cuidado de advertir que não se deve esperar para já o exame dos dossiês dos acusados com foro especial (deputados, senadores ou governadores). Os nomes deste grupo mencionados recentemente no âmbito da Operação Lava Jato o foram por acaso, resultado das delações, não valendo como sinal da abertura formal de processos na instância apropriada – o STF. Com isso fica evidente......

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A nova ética do jornalismo com 'talão de cheques'

A revista Piauí, em sua edição 106, de julho deste ano (pg.7) informa que o WikiLeaks está oferecendo uma recompensa de 100 mil dólares (cerca de R$ 332.760,00) para quem dispuser de informação completa sobre o mega-acordo que envolve os Estados Unidos e economias poderosas (e outras nem tanto) da região do Pacífico. A proposta de acordo foi assinada em 2002 pelo presidente do Chile Ricardo Lagos e os primeiros-ministros de Cingapura e Nova Zelândia, e evoluiu para uma proposta de parceria de desenvolvimento regional (TPSEP) acordada em 2005 entre Nova Zelândia, Brunei, Chile......

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Em busca de uma nova identidade

Em tempos nebulosos para o jornalismo, diversas indagações parecem não ter uma resposta, especialmente quando relacionadas à função dos jornalistas na sociedade. A pergunta não se resume apenas em “para que serve o jornalismo?”, mas também “a quem serve o jornalismo?”. O trabalho cotidiano apresentado pelos profissionais parece não dar conta das necessidades expostas pelos diferentes segmentos sociais. A infinidade de fontes de informação impõe uma série de adaptações imediatas e pouco planejadas ao meio jornalístico. Diante do monitoramento permanente das ações, dos constrangimentos editoriais e da baixa remuneração, a profissão está se......

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A comunicação pública a serviço da vaidade particular

A leitura deste último livro de Eugenio Bucci deveria ser compulsória para candidatos bem intencionados a postos de comando nos governos municipal, estadual e federal. Aqueles genuinamente bem intencionados terminarão a leitura tentados a fazer um voto: se eu for eleito não usarei comunicação pública, isto é, renunciarei à compra de espaços publicitários na mídia para promover os projetos e realizações do meu governo. Isto enquanto a propaganda de governo não for simplesmente proibida por lei. Essa proibição existe nas democracias mais adiantadas do que a nossa. Na França, por exemplo, até as......

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