FJLP e SindJorNP repudiam censura à liberdade de imprensa de jornalista de Guiné-Bissau  

A Federação e o sindicato repudiaram ato da Presidência da República do país africano

A presidente do Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS) guineense Indira Correia Baldé foi hoje forçada a abandonar uma conferência sobre a cadeia de frio para vacinas, por “ordem superior” do presidente da República. Ela denunciou o ato arbitrário para representantes de associações e sindicatos de jornalistas dos países de Língua Portuguesa. 

Segundo Indira, que é jornalista da RTP em Bissau, a ministra da Saúde, ao se deparar com a presença da repórter, abandonou o local e transmitiu, através de um assessor, a ordem que impedia a jornalista de permanecer na sala, num claro ato de censura à liberdade de imprensa.

“Por ordem superior do presidente da República fui tirada da sala de .conferência onde fui fazer uma reportagem sobre a cadeia de frio para as vacinas. A ministra da Saúde abandonou a sala porque eu estava lá. Veio um dos seus assessores me informar que a ministra lhe transmitiu uma ordem superior que me impedia de estar na sala”, relatou.

FJLP condena ato

O presidente da Federação dos Jornalista de Língua Portuguesa (FJLP) e do Sindicato dos Jornalistas do Noroeste Paulista (SindJorNP), Alcimir Antonio do Carmo, condenou a ação classificando-a como um desrespeito e que os cidadãos precisam ser informados.

“É um desrespeito para com a profissional jornalista e aos cidadãos que têm o direito de ser informados. Uma clara violação à liberdade de imprensa!”, relata.

Outros casos

A Guiné-Bissau tem histórico de ameaças aos jornalistas. Em 31 de julho, duas jornalistas da Rádio Popular e da Rádio Capital foram agredidas pelas forças da ordem quando estavam a cobrir uma manifestação diante do Ministério da Educação.

Inclusive a AJOC repudiou as agressões perpetradas pela Polícia de Intervenção Rápida, ação que, segundo denunciou, representa uma grave violação à liberdade de imprensa e ao direito à informação, princípios fundamentais em qualquer democracia.

Fonte: A Nação – Cabo Verde / SINDJORNP

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