Jornalismo rio-pretense diz adeus a João Albano, aos 81
João Baptista Albano de Almeida nasceu em Pindamonhangaba, mas foi em São José do Rio Preto que se tornou uma lenda do jornalismo. Vencedor de Prêmio Esso, cronista dos bons e radialista destemido ganhou fama na cidade por ser diretor do primeiro filme de ficção rio-pretense, ‘A Trama de Sangue, de 1968, do advogado e poeta Vicente Amêndola Neto. João Albano, o ‘João sem Medo’, apelido que lhe acompanhou a vida toda e que batizou seu programa na Rádio Independência, saiu de cena na tarde desta quinta-feira, 1º.
Aos 81 anos, não resistiu a complicações cardíacas em decorrência de uma doença degenerativa. Estava internado no hospital Beneficência Portuguesa. Seu enterro aconteceu na manhã deste sábado, 3, no Cemitério Jardim da Paz.
Casado por 46 anos com Neide Sanches Albano de Almeida, deixou dois filhos do primeiro casamento, Fabiana e Adriano, além de netos.
Consagrado em Rio Preto, João Albano também fez história em redações de outros municípios, como O Diário, de Ribeirão Preto, onde ganhou o Esso com a reportagem ‘A morte por uma barra de chocolate’; Agora e o Vale Paraibano, de São José dos Campos; Última Hora, em São Paulo; e Correio da Araraquarense.
O documentarista rio-pretense Fernando Marques fez uma despedida emocionada nas redes sociais. “E nosso grande João Albano se foi hoje, aos 81 anos de idade. Boêmio, intelectual, contestador, realmente João Albano foi um João sem medo. Descansa em paz guerreiro”.
“João Albano foi um jornalista excepcional. Foi mestre de várias gerações, entre os anos de 1960 e 1980, e um ser humano admirável. Nos solidarizamos neste momento doloroso com os familiares e os muitos amigos”, frisou Alcimir Antonio do Carmo, presidente do SindJorNP e da FJLP.
A jornalista e radialista Joilda Gomes também manifestou a tristeza pela morte do jornalista. “Trabalhamos juntos. João Albano era uma pessoa maravilhosa e um jornalista ilibado. Uma grande perda, sem dúvida”, finalizou.
