Jornalismo se despede de Glória Maria, repórter e apresentadora pioneira na TV

A jornalista Glória Maria morreu, nesta quinta-feira, 2, no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, em decorrência de metástases de um câncer de pulmão que se espalhou para o cérebro.

Mulher e negra, ela foi pioneira várias vezes, tendo feito reportagens em mais de 100 países e conquistado reconhecimento no Brasil e no exterior pela excelência como profissional de comunicação.

“Chamar Glória Maria de ícone é muito pouco para o que ela representou para a classe, para as mulheres brasileiras, afrodescendentes e de outras etnias. Ela sempre esteve à frente do seu tempo e com muita competência abriu caminhos para as gerações futuras. Sua partida deixa o jornalismo mais pobre e a sociedade órfã de exemplos de superação e empoderamento feminino. Todas as homenagens a Glória Maria são merecidíssimas. Aos familiares, amigos e colegas a nossa solidariedade”, declarou o presidente do SindJorNP e da FJLP, Alcimir Antonio do Carmo.

GLÓRIA MARIA

A carioca Glória Maria Matta da Silva era filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta. Estudou em colégios públicos e falava inglês, francês e latim.

Se formou em jornalismo pela PUC-Rio, trabalhou como telefonista da Embratel e, em 1970, foi levada por uma amiga para ser radioescuta da Globo do Rio.

Tornou-se repórter numa época em que os jornalistas não apareciam no vídeo. Trabalhou no Jornal Hoje, no RJTV e no Bom Dia Rio.

Foi a primeira repórter a aparecer ao vivo no Jornal Nacional. Cobriu momentos históricos do país e fez reportagens internacionais que lhe garantiram reconhecimento profissional. Foi apresentadora do Fantástico e do Globo Repórter.

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