Jornalistas são assassinados durante filmagem de documentário

Os jornalistas espanhóis David Beriain e Roberto Fraile, sequestrados na segunda-feira, dia 26, durante as filmagens de um documentário sobre caça ilegal no leste de Burkina Faso, na África, foram assassinados. Seus corpos foram localizados e, segundo a polícia africana, os responsáveis pelas execuções são terroristas.

À Associated Press, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, Arancha Gonzalez Laya, disse que o grupo foi atacado por “jihadistas”. “É uma área perigosa onde terroristas, bandidos e jihadistas costumam operar”, declarou.

Um morador da região, que acompanhava os jornalistas, ainda permanece desaparecido e outras três pessoas ficaram feridas no atentado. Segundo a imprensa internacional, Beriain era diretor e produtor e Fraile cinegrafista e trabalhavam para uma ONG que atua na defesa do Meio Ambiente.

Em algumas regiões de conflitos em África, inclusive em Moçambique, na região de Cabo Delgado, são frequentes os ataques a jornalistas, inclusive com prisão e sequestros e desaparecimentos, por supostos grupos guerrilheiros jihadistas, bem como por forças do próprio governo moçambicano que lá estariam a pretexto de defender o território nacional. Também em Guiné Bissau, há denúncias de sequestro e tortura a jornalistas.

“A onda de violência contra jornalistas é crescente em todo o mundo e extremamente preocupante. Jornalistas hostilizados, perseguidos, agredidos, sequestrados, mortos e desaparecidos no exercício da profissão são um sinal de alerta de uma sociedade muito doente. Somos mensageiros e quando nos atacam, ferem a democracia, a liberdade de expressão e os direitos humanos”, concluiu Alcimir Antonio do Carmo, presidente do SindJorNP e da internacional FJLP – Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa.

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