3 de maio, o que comemorar no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa?

Autoridades costumam tratar liberdade de expressão como se fosse sinônimo de liberdade de imprensa. Mas não é. Essa confusão não é à toa e nem sem propósito. Em certos casos, tem objetivos nada éticos ou lícitos.

Quando falamos em liberdade de expressão, estamos na verdade defendendo um direito que todo cidadão tem de acesso à informação e à livre manifestação do seu pensamento. Liberdade de expressão é, portanto, liberdade de opinião.

Já a liberdade de imprensa é a garantia de que jornalistas vão poder exercer, sem qualquer censura, o seu trabalho enquanto profissionais de mídia.

Pela própria natureza do exercício diário em busca de notícias nos deparamos com frequência com situações perigosas, graves denúncias e escândalos de corrupção. E quando isso acontece, muitas vezes, corremos riscos, sofremos ameaças e, em casos extremos, somos vítimas de execuções sumárias.

Quando um jornalista, seja de imagem ou de texto, sofre um atentado, o reflexo dessa covardia repercute negativamente para a sociedade como um todo, ainda que boa parte da população desconheça as implicações desse crime. Calar a imprensa é caminhar para um precipício onde as maiores atrocidades contra o ser humano ficarão soterradas.

Não devemos  nos acovardar diante dos crimes cometidos, mas diante do aumento expressivo da violência contra os profissionais de imprensa em todo o mundo fica cada dia mais difícil comemorar a data de hoje, arranhada por interesses escusos de quem, inclusive, deveria nos proteger.

 

 

 

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