Liberdade: abra as asas, os olhos, as consciências e seja a vacina direito de todos nós!

Neste 7 de junho, Dia Nacional da Liberdade de Imprensa (o dia mundial foi em 3 de maio) para além de se reafirmar a importância capital de liberdades de modo geral e da livre manifestação do pensamento, é preciso destacar que os cidadãos precisam de vacinas. Em sentido amplo, é preciso estar cada vez mais imunizado, inclusive contra a desinformação.

Num cenário adverso como é que se apresenta com essa pandemia que dizima milhares (e pode chegar a milhões) de vidas, a imunidade é, sim, a vacina contra a Covid-19, mas, também, e especialmente, a informação de qualidade, de origem e de credibilidade, produzida por profissionais de comunicação, pelos jornalistas, os quais, aliás, se expõem tanto quanto ou mais que os demais trabalhadores aos riscos de contágios.

Ir buscar na fonte dos acontecimentos, implica levantar dados e informações em todos os lugares onde a notícia se encontra e aí se incluem hospitais, centros de saúde, e muitos outros locais, enfim, até em cemitérios. O profissional de comunicação, de imprensa, não só pode como deve estar entre os alvos prioritários de imunização.

As entidades de representação dos jornalistas em todo o mundo têm envidado os esforços para que esses profissionais de imprensa possam logo receber as vacinas, para, estando imunes, possam, prosseguir no trabalho de busca da notícia onde ela estiver. Vários países, felizmente, já incluíram a atividade profissional como essencial.

No Brasil, a representação brasileira dos jornalistas, a Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ, dirigiu seu pedido ao Ministério da Saúde para que sejam esses profissionais incluídos como prioritários no Plano Nacional de Imunizações. Somente esse órgão é que pode avaliar e acatar – ou não – a esse pleito.

Claro que todos os brasileiros já poderiam ter sido imunizados não fosse a postura negacionista da atual composição do governo federal que não deu a devida importância à doença que, todo o mundo já sabia, não se tratava de uma “gripezinha”.

A considerar a maneira como o governo federal trata a imprensa e seus profissionais, já dá para intuir que, por ele, seremos, os jornalistas, os últimos, pois, o presidente diz que a profissão é uma “raça em extinção” – ao menos essa é a vontade dele!

Tão ruim quanto essa maneira de o Estado (Nação) brasileiro tratar os jornalistas é o uso político por parte de pseudo-sindicalista (porque não representa a base territorial de trabalhadores nesta região) de pedido inócuo à imunização dirigido ao Município (e também à Câmara) que mesmo com boa vontade política, não decidem e não têm competência sobre um programa nacional.

Os jornalistas precisam se vacinar contra muitos tipos de enfermidades, inclusive contra picaretas que se arvoram como representantes para – é bem possível – se lançarem como candidatos a cargos políticos eletivos. Se pensam assim, começam mal, porque, enganar outrem nunca foi remédio, especialmente a jornalistas.

Independente de receber a vacina como prioritários, os profissionais de imprensa, jornalistas, devem buscar as informações que possam fazer a diferença em termos de conhecimento sobre a doença e como evitá-la, além, claro, de trazer à luz os interesses políticos, financeiros, dentre outros decorrentes da Covid-19.

Assim… que hoje e sempre os jornalistas possam estar imunes a todos os tipos de enfermidades e, em especial, com liberdade, exercer a sua profissão! Saúde para todos!!!

Alcimir Antonio do Carmo, é presidente do Sindicato dos Jornalistas do Noroeste Paulista – SindJorNP e presidente da – FJLP – Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa, entidade que reúne representações de jornalistas de todos os países e comunidades lusófonos em todo o mundo.

0.00 avg. rating (0% score) - 0 votes
Share

    Deixe um comentário

    O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *