Jornalismo perde Blandino Ferreira Gomes

O Sindicato dos Jornalistas do Noroeste Paulista (SindJorNP) lamenta profundamente a morte do jornalista Blandino Ferreira Gomes, ocorrida às 10 horas do último sábado (14/3). Quem o conheceu sabia que tinha duas marcas registradas: o gosto por apelidos e o domínio da língua portuguesa.

Internado na Santa Casa de Rio Preto, desde 9 de março, por causa de uma fratura na perna esquerda (caiu durante caminhada matinal), acabou tendo complicações pulmonares e veio a falecer aos 64 anos.

Seu enterro aconteceu domingo (15/03), no Cemitério São João Batista. Foi casado por 40 anos com dona Jerusa, 57, com quem teve os filhos Ricardo, 40, e Simone, 36. Deixou as netas Mariana, 15, e Giovana, 14.

Apesar do ‘L’ no nome, atribuído a um erro no registro do cartório, o jornalista era conhecido como Brandino e tinha por hábito ‘batizar’ os colegas e familiares com nomes diferentes dos que constavam na certidão de nascimento.

“Na redação todos se divertiam com o batismo do Brandino. O próprio jornalista falava que só apelidava quem ele gostava, por isso ninguém achava ruim quando recebia o apelido. Tive o prazer de trabalhar com o Brandino e lamento muito a sua morte”, declarou o diretor de Cultura e Social do SindJorNP, Edson Alves.

Em 40 anos de profissão, Brandino trabalhou em várias redações em Araçatuba e Rio Preto, sempre se destacando por ter fontes fieis e por um texto muito bem escrito, apesar de ter cursado somente o primeiro grau.

“Brandino fez parte da chamada geração romântica do jornalismo brasileiro. Autodidata, tinha um texto primoroso, era boêmio e amigo dos amigos. Para ele, eu era Judite. Perguntei várias vezes o porque do apelido e ele nunca me disse o motivo. Vou morrer com essa curiosidade. A família do saudoso jornalista tem toda a nossa solidariedade”, concluiu a presidente do SindJorNP, Daniele Jammal.

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