Repórter-fotográfico e radialista, Antônio Aguillar morre aos 94 anos
Morreu neste domingo, 11, em um hospital da capital paulista, o repórter-fotográfico e radialista Antônio Aguillar.
Ele tinha 94 anos e era reconhecido nacionalmente como um dos responsáveis pela descoberta de grandes talentos da música brasileira nas décadas de 1960 e 1970, como Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléia, Ronnie Von, Jerry Adriani e Eduardo Araújo, além de conjuntos musicais como The Jordans, Os Incríveis, The Flyers e The Clevers.
Rio-pretense, Aguillar foi aprovado em concurso do jornal O Estado de São Paulo em 1950, onde ficou por dez anos.
Trabalhou nas rádios 9 de Julho, Nacional e Excelsior, de onde saiu para a recém inaugurada TV Excelsior. O programa Ritmos para a Juventude teve audiência espetacular e passou a ser exibido na TV Record e TV Paulista, que posteriormente se tornou Globo.
Apesar de estar aposentado desde 1981, nunca parou de fazer aquilo que mais amava. Ao voltar para sua terra natal, trabalhou no jornal A Notícia, na rádio Centro América e foi assessor de imprensa na Secretaria Municipal da Promoção Social, quando o ex-deputado estadual Vergílio Dalla Pria era o titular da pasta.
Seus últimos trabalhos foram como apresentador de programas na Rádio Capital e Rádio Calhambeque, em São Paulo.
Recebeu, em 2022, uma moção de votos de aplausos de autoria do vereador Pedro Roberto Gomes, aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal de Rio Preto.
“Parte do grande acervo fotográfico de Aguillar, com registros históricos da São José do Rio Preto dos anos 1950 a 1960, foi doado para a Secretaria de Cultura da cidade. Lúcido, a passagem de Aguillar é uma grande perda para todos nós e para a memória coletiva da época de ouro da rádio e da história do Brasil. Toda a nossa solidariedade à sua esposa Maria Célia, demais familiares e amigos”, declarou o presidente do SindJorNP, Alcimir Antonio do Carmo.
O corpo de Aguillar foi velado no velório do cemitério Jardim Avelino e cremado na Vila Alpina, na capital.
