2º Seminário Nacional de Comunicação da CSP-Conlutas começa amanhã

Nos dias 09, 10 e 11 de dezembro será realizado o 2º Seminário Nacional de Comunicação da CSP-Conlutas, no Hotel San Raphael, no Largo do Arouche, 150, na capital paulista. Desta vez o tema será “Avançar na Comunicação dos Trabalhadores”.
Profissionais de comunicação social que atuam em sindicatos e movimentos sociais, dirigentes de entidades classistas e ativistas de base ligados à CSP-Conlutas estão convidados.

 

Programação

Sexta-feira (9/12)

10h – Boas vindas

11h – Mesa de abertura: Avançar na comunicação dos trabalhadores

É possível ultrapassar a comunicação institucional produzida por diversas entidades e buscar uma produção de qualidade na comunicação produzida por e para os trabalhadores e trabalhadoras e movimentos sociais? Como dar credibilidade e qualidade ao discurso?

Monica Martinez – É jornalista e doutora em Ciências da Comunicação pela ECA-USP, tem pós-doutorado em Narrativas Digitais pela UMESP. É docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba (Uniso). Autora dos livros, entre outros, Jornalismo literário: tradição e inovação e Jornada do Herói: estrutura narrativa mítica na construção de histórias de vida em jornalismo, entre outros livros e artigos científicos. Seu principal interesse na área de pesquisa em Comunicação situa-se no contexto das Narrativas Contemporâneas, em suas amplas formas e variadas denominações (Jornalismo Literário, Livro-Reportagem, Histórias de Vida, Memórias, Perfis e Biografias).

Fausto Salvadori – Jornalista, trabalhou como repórter em sites, revistas e jornais como Vice, Trip, TPM, Revista Adusp, Galileu, Folha.com, Agora SP, Jornal da Tarde, Metro e Revista Joyce Pascowitch, entre outros. Desde 2008, é jornalista concursado da Câmara Municipal de São Paulo, onde trabalha como repórter de temas políticos e históricos para a revista Apartes. Em 2013, recebeu Menção Honrosa no Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos, na categoria impresso, pela reportagem “Em busca da verdade”, publicada na Apartes. É repórter da Ponte Jornalismo, site jornalístico com foco em Direitos Humanos.

12h30 às 14h – Almoço

14h – As lutas retratadas no mundo e suas conexões

O mundo globalizado sob ataques e resistência mundial. Nos interessa transformar o corporativismo de categorias ou o nacionalismo em um olhar mais amplo de resistência da classe e de povos em luta em todo o mundo? Como dar essa batalha? O que nos dizem as experiências?

17h – As opressões e a resistência são televisionadas e estão na mídia digital

As opressões mostram suas garras de forma violenta e cruel na contemporaneidade; a resistência de mulheres, jovens das periferias, LGBTs, negros e negras estão expostas no dia a dia e precisam ser propagadas. Quais as formas que os setores mais oprimidos vêm falando ao mundo.

Jéssica Moreira – É co-fundadora do Coletivo Nós, Mulheres da Periferia, que busca quebrar estereótipos e construir novas narrativas a partir das vozes de mulheres periféricas. Vencedoras dos prêmios municipal e nacional de Mídia Negra, Almerinda Farias Gama e Antonieta de Barros, respectivamente. É correspondente comunitária da Agência Mural de Jornalismo das Periferias. É uma das representantes da Rede Jornalistas das Periferias. É co-autora do livro “Queixadas – por trás dos sete anos de greve”, que conta a história da primeira fábrica de cimento do Brasil, situada no bairro de Perus.

Silvana Martins Costa – Comunicadora social, com bacharel em Propaganda e Marketing, cursou pós-graduação em Fundamentos de Cultura e das Artes pela UNESP. Desenvolve trabalhos na área cultural com experiência em elaboração, produção e execução de projetos culturais. É autora de mais de 15 projetos gráficos de livros sobre a literatura periférica.

É diretora de arte premiada por excelência em Design pela SND (Society for News Design) em 2012, uma das premiações de design editorial mais relevantes internacionalmente. Responsável pela comunicação do Movimento Independente Mães de Maio. Co-fundadora do Coletivo Cultural Sarau da Ademar e do Bloco Infantil de Carnaval Curumins da Ademar, bloco folclórico infantil de rua. Também idealizou e produziu o projeto Poesia nos Muros, intervenção poética em lambe-lambe nas periferias de São Paulo, em 2014, período em que colou mais de 600 cartazes para a leitura dos moradores. Atualmente faz parte do coletivo Fala Guerreira, mulher e mídia na quebrada.

Tatiana Lima – É militante do Fórum de Juventude do Rio de Janeiro, um espaço de articulação e participação de jovens, sobretudo negros, pobres, da periferia, organizações, coletivos, redes e pessoas que lutam pela garantia dos direitos das juventudes. É diretamente envolvida com o “Nós por Nós”, aplicativo desenvolvido para o recebimento de denúncia contra violência policial.

Sábado (10/12)

9h30 – Reportagema interpretação da realidade e seus verdadeiros atores sociais

A investigação e a linguagem fazem diferença na produção de comunicação dos trabalhadores e movimentos sociais? Quem são os atores e atoras dessas lutas e suas respectivas produções? É preciso discutir reportagem a forma privilegiada de fazer um bom jornalismo.

Jaqueline Lemos – Jornalista, com Mestrado e Doutorado em Ciências da Comunicação pela ECA/USP. Desde 2002 é docente na Universidade São Judas Tadeu/SP (USJT). Na área de pesquisa trabalha fundamentalmente com epistemologia do jornalismo e narrativa jornalística (jornalismo narrativo, jornalismo literário) e suas interfaces (grande reportagem, reportagem-perfil, livro-reportagem e biografias). Ganhou menção honrosa – reportagem em jornal -“Tristes histórias de uma vida cruel” no 24º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de SP.

Claudia Costa – Jornalista, com Mestrado na Eca/USP em Ciências da Comunicação e dissertação focada na comunicação dos trabalhadores. Jornalista sindical há 29 anos, há nove é responsável pela comunicação da CSP-Conlutas. Estagiou por três meses no Labor Notes, nos Estados Unidos, e cobriu mobilizações internacionais dos trabalhadores na Argentina, Estados Unidos e Índia. É autora do livro Comunicação sindical no Brasil: breve resgate e desafios. Docente e orientadora de projetos de conclusão de curso da pós graduação em Comunicação Social na FMU/FIAM/FAAM.

11h30 – Democratização da comunicação, uma batalha necessária

A comunicação baseada no caráter público com os processos regulatórios sustentados no interesse público. O direito à comunicação e a liberdade de expressão de todos os cidadãos e cidadãs, de forma que as diferentes ideias, opiniões e pontos de vista, e os diferentes grupos sociais, culturais, étnico-raciais e políticos possam se manifestar em igualdade de condições no espaço público midiático. Que democratização da comunicação é essa?

Ana Claudia Mielke – Jornalista, mestre em Ciências da Comunicação pela ECA/USP e coordenadora executiva do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.

Rita Freire – Jornalista e presidente cassada do conselho curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Colabora com a gestão do site Ciranda Internacional de Comunicação Compartilhada, integra a Rede Mulher e Mídia, o Conselho Internacional do Fórum Social Mundial e o Grupo de Mobilização Internacional no Fórum Mundial de Mídia Livre.

Claudia Giannotti – Historiadora e coordenadora do NPC (Núcleo Piratininga de Comunicação), que tem papel fundamental na formação da comunicação sindical, popular e comunitária no país há mais de vinte anos, cujo fundador é o companheiro Vito Giannotti.

13h30 às 14h30 – Almoço

14h30 – O mundo do trabalho dos profissionais da comunicação sindical e popular

A posição do profissional de comunicação em seu mundo de trabalho: profissionais/militantes? Como estamos inseridos nesse universo? Quais os direitos do profissional

Luciano Faria – Jornalista, com pós-graduação pelo Instituto Nacional de Pós-Graduação (INPG/USP). É um dos organizadores do Encontro Nacional de Jornalistas Sindicais. Com 30 anos de experiência em imprensa sindical, já trabalhou em diversos sindicatos de trabalhadores do setor público e privado de Santa Catarina. Atualmente é assessor de comunicação da Seção Sindical IFSC do Sinasefe e membro do Coletivo de Jornalistas Sindicais Vito Giannotti.

Renata Maffezoli – Jornalista, formada em 2002 pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) e pós-graduada em Jornalismo Britânico – especialização em Legislação, pela London School of Journalism, em 2009. Jornalista editora do Andes-SN, em Brasília (DF), tem experiências anteriores em rádio, revistas, campanhas eleitorais e agência de publicidade. Residiu em Londres por mais de três anos, onde foi editora de uma revista mensal voltada à comunidade brasileira na Europa e jornalista freelancer. Atualmente, compõe a coordenação geral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal – gestão 2016/2019.

16h30 – Oficinas 

– Mídias digitais: Net ativismo ou ativismo em rede entra no contexto da comunicação digital utilizada por diversos movimentos sociais. Como essas formas de participação são elaboradoras? São necessárias ações engajadas em mídias digitais? Como podem ser aproveitadas pelo movimento dos trabalhadores? É possível intensificarmos a interação colaborativa potencializando alcance?

Lívia Lima – É co-fundadora do Coletivo Nós, Mulheres da Periferia, que busca quebrar estereótipos e construir novas narrativas a partir das vozes de mulheres periféricas. Vencedoras dos prêmios municipal e nacional de Mídia Negra, Almerinda Farias Gama e Antonieta de Barros, respectivamente. Jornalista formada pelo Mackenzie e formada em Letras pela USP. Atualmente é mestranda em Estudos Culturais na USP. Faz parte como repórter e editora do projeto Agência Mural de Jornalismo das Periferias e trabalha na agência Lead Comunicação.

Mobgrafia

A oficina apresenta o celular como uma ferramenta muito útil para a militância. O celular é um equipamento multimídia sempre presente no bolso, oferecendo recursos de documentação do cotidiano de lutas. Que história você quer contar? Qual direito você quer ver defendido? As aulas discutirão linguagem fotográfica e como fazer o melhor uso dela com o celular.

Erika Tambke

Mestre em Cultura Visual pela Birbeck College, University of London e bacharel em Geografia (UFRJ), conta com uma experiência de 10 anos no mercado de fotografia. Foi gerente de atendimento do Programa Imagens do Povo de 2012 a 2015, Rio de Janeiro. Em 2014, acompanhou o processo seletivo do concurso de fotojornalismo do World Press Photo, em Amsterdam, Holanda. Na Inglaterra, trabalhou de 2006 a 2010 como jornalista e fotógrafa, especializada em cultura brasileira no Reino Unido. É professora de fotografia no SENAC Rio. Em 2016, Erika ministrou cursos e oficinas de Mobgrafia, fotografia de celular, em diversas cidades e escolas de fotografia.

– Jornalismo de dados

Jornalismo de dados envolve capacidade de codificar e decodificar informações complexas transformando-as em compreensíveis ao público estruturando o fluxo da informação. Seja por meio de infográficos envolventes, reportagens interativas ou utilização de outras ferramentas. O jornalismo de dados revela seus métodos e apresenta seus resultados de uma forma que possam ser replicados.

André Rosa – Professor dos cursos de comunicação das Faculdades Integradas Rio Branco, doutor em comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo e mestre pela Faculdade Cásper Líbero. Colaborador da Tracto Content Marketing e membro do grupo de pesquisa Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva (TECCCOG).

Confraternização – sábado à noite

Domingo (11/12)

9h30 – Festival de Comunicação da CSP-Conlutas

O que temos de melhor? O Festival de Comunicação da CSP-Conlutas pretende exibir as melhores produções de entidades e movimentos ligados à Central. Reportagens impressas, documentários, peças para redes sociais.

11hPlenária final

Mais informações:

Data: 9, 10 e 11 de dezembro de 2016
Local: Hotel San Raphael – Largo do Arouche, 150.
Dirigente responsável pela Secretaria Executiva Nacional: Paulo Barela.
Organização: Departamento de Comunicação da CSP-Conlutas.
Valor da inscrição: R$ 220 (duzentos e vinte reais)

 

Fonte: Comunicação CSP-Conlutas

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